Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta do governo e podem paralisar atividades

12/09/2012 - 02h05

<p style="text-align: justify;">Um impasse nas negocia&ccedil;&otilde;es da campanha salarial 2012 podem levar mais de 120 mil trabalhadores dos Correios &agrave; paralisa&ccedil;&atilde;o das atividades em todo o pa&iacute;s. Cerca de 17 &nbsp;mil trabalhadores em Minas Gerais e no Par&aacute; j&aacute; decretaram greve ontem (10/09) e outros estados decretar&atilde;o ap&oacute;s assembleias que ser&atilde;o realizadas nos dias 18 e 25 de setembro. A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$ 200 linear, ticket de R$ 35, a contrata&ccedil;&atilde;o imediata de 30 mil trabalhadores, o fim das terceiriza&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de outros pontos para garantia de melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho.<br />&nbsp;As negocia&ccedil;&otilde;es foram iniciadas h&aacute; mais de um m&ecirc;s. No entanto, a empresa ofereceu uma proposta de reajuste inicial de 3%, o que foi rejeitado por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o pa&iacute;s. Segundo a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos trabalhadores em Empresas de Correios, Tel&eacute;grafos e Similares (Fentect), a proposta sequer rep&otilde;e o &iacute;ndice inflacion&aacute;rio do per&iacute;odo. Na &uacute;ltima semana, a empresa voltou a fazer nova proposta de 5,2%, tamb&eacute;m rejeitada nas assembleias j&aacute; realizadas.<br />O reajuste proposto pela entidade, de 43,7%, se refere a soma de perdas salariais que a ECT deve &agrave; categoria desde o Plano Real, mais a infla&ccedil;&atilde;o do per&iacute;odo e o aumento real. As p&eacute;ssimas condi&ccedil;&otilde;es de trabalho, como falta de pessoal, equipamentos e seguran&ccedil;a nas ag&ecirc;ncias s&atilde;o alguns dos pontos de reivindica&ccedil;&otilde;es da categoria.<br />Apesar das tentativas de negocia&ccedil;&atilde;o, a empresa alega n&atilde;o haver o or&ccedil;amento para o aumento, na tentativa de reeditar do diss&iacute;dio coletivo do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em 2011, ap&oacute;s 28 dias de greve, o TST, apesar de n&atilde;o considerar a greve abusiva, decidiu pelo reajuste de cerca de 6% mais R$ 80 linear.<br />No pr&oacute;ximo dia 18, os trabalhadores de Mato Grosso, Bauru, Amazonas, Campinas, Cear&aacute;, Goi&aacute;s, Sergipe, S&atilde;o Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Piau&iacute;, Paran&aacute;, Rio de Janeiro, Santa Catarina, S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto, e Vale do Para&iacute;ba avaliar&atilde;o a deflagra&ccedil;&atilde;o da greve. No dia 25 poder&atilde;o ser paralisados os servi&ccedil;os em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Juiz de Fora, Rio Grande do Norte, Ribeir&atilde;o Preto, Santa Maria e Santos.</p>