Funcionários dos Correios devem trabalhar durante greve

Fonte: Agência Brasil / Revista Consultor Jurídico 20/09/2012 - 02h17

<p style="text-align: justify;">O Tribunal Superior do Trabalho determinou nesta quarta-feira (19/09) que 40% dos funcion&aacute;rios em greve de cada ag&ecirc;ncia dos correios trabalhem durante a paralisa&ccedil;&atilde;o. O descumprimento da decis&atilde;o implica em multa de R$ 50 mil por dia &agrave; Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Tel&eacute;grafos e Similares (Fentect). A determina&ccedil;&atilde;o ser&aacute; publicada no Di&aacute;rio Oficial nesta quinta-feira (20/09).<br />Na audi&ecirc;ncia de concilia&ccedil;&atilde;o, a ministra Cristina Peduzzi prop&ocirc;s reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80, pagamento de bonifica&ccedil;&atilde;o no final de ano em parcela &uacute;nica de R$ 575 e a negocia&ccedil;&atilde;o conjunta das demais quest&otilde;es reivindicadas pelos trabalhadores. A Empresa Brasileira de Correios e Tel&eacute;grafos, por&eacute;m, rejeitou o aumento linear de R$ 80, argumentando impacto de cerca de R$ 950 milh&otilde;es.<br />A Fentect, por sua vez, reclama que a ECT n&atilde;o repassa os lucros aos trabalhadores e pede reajuste de 43% (33% de reposi&ccedil;&atilde;o e 10% de aumento), aumento linear de R$ 200, benef&iacute;cios, esclarecimentos sobre poss&iacute;veis mudan&ccedil;as no plano de sa&uacute;de empresarial, pagamento de bonifica&ccedil;&atilde;o no final de ano e melhorias das condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. Atualmente, o sal&aacute;rio base dos trabalhadores dos Correios &eacute; de R$ 943.<br />Funcion&aacute;rios e dire&ccedil;&atilde;o da empresa t&ecirc;m at&eacute; o meio-dia da pr&oacute;xima segunda (24/09) para se manifestarem sobre o andamento das negocia&ccedil;&otilde;es. Caso n&atilde;o haja retorno, o diss&iacute;dio ser&aacute; encaminhado &agrave; ministra do TST, K&aacute;tia Arruda.<br />De acordo com a Fentect, 117 mil funcion&aacute;rios aderiram &agrave; greve. Somente 3 mil n&atilde;o participam da a&ccedil;&atilde;o. Dados dos Correios, por outro lado, afirmam que aproximadamente 1.200 entre todos os trabalhadores est&atilde;o paralisados. Dos 35 sindicatos filiados &agrave; federa&ccedil;&atilde;o, 25 est&atilde;o parados. Com a decis&atilde;o do TST, devem trabalhar, no m&iacute;nimo, 48 mil funcion&aacute;rios.&nbsp;</p>